Pra lá de Xerém

Passo o dia agitado num sufoco danado
É ralação é só correria
Meu corre às vezes não tem direção
Faço o dá pra sobreviver 
Dr cabeça erguida 
Nessa vida que a gente tão desigual 

Madrugada esperando o trem da Central atrasado
Pego barca , ônibus quebrado, metrô abarrotado
Vida de trabalhador na luta diária 
Pra sobreviver nesse mundo de maldade

Mas se ela chama vou correndo
vou a pé, de carroça, bicicleta
vou de carona em lombo de mula 
descalço, sem grana, 
debaixo de sol, por cima da lama
não tem trânsito lento, pedágio nem arrastão
É só ela chamar que eu vou

Ela mora pra lá de Xerém mas não tem pra ninguém é só chamar que eu vou

Lá eu esqueço até do compromisso cachaça na cana
tira-gosto de chouriço 

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